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Explosões de 'pagers' no Líbano deixam 12 mortos e 2.800 feridos.

Subiu para 12 o número de mortos após explosões simultâneas de 'pagers' do Hezbollah, no Líbano, na terça-feira (17).


17.set.2024 - Ambulâncias são cercadas por pessoas na entrada do Centro Médico da Universidade Americana de Beirute

Imagem: Anwar AMRO / AFP.


O que aconteceu


Entre os mortos, estão duas crianças de identidades não divulgadas. Até o momento, as explosões também deixaram entre 2.750 2.800 feridos, informou nesta quarta-feira (18) o ministro libanês da Saúde, Firass Abiad.


Anteriormente, o governo libanês registrava nove mortes em decorrência das explosões. Alguns feridos no Vale do Bekaa, leste do Líbano, foram levados para a vizinha Síria e outros serão transportados para o Irã, segundo o ministro.


Israel não se pronunciou diretamente sobre as explosões. No site das IDF (Forças de Defesa de Israel), há apenas um registro feito às 13h55 (horário local) sobre a identificação "vários terroristas do Hezbollah operando na estrutura militar da organização na área de Blaida, no sul do Líbano". "Fechando o círculo do ar, caças atacaram o prédio e mataram três terroristas que operavam lá", diz o registro.


Uma menina de 10 anos, filha de um membro do Hezbollah no Líbano, está entre os mortos. Ela morreu quando o pager de seu pai explodiu, segundo sua família. Entre os mortos também estão os filhos de dois deputados do Hezbollah, Ali Ammar e Hassan Fadlallah, disse à AFP uma fonte.





A principal fonte de segurança libanesa identificou uma fotografia do modelo do pager, um AP924, que, como outros pagers, recebe e exibe mensagens de texto sem fio, mas não pode fazer chamadas telefônicas.


A fonte de segurança libanesa disse que os pagers eram da Gold Apollo, sediada em Taiwan, mas a empresa disse em uma declaração que não fabricava os dispositivos.

Ela disse que eles foram feitos por uma empresa chamada BAC, que tem licença para usar sua marca, mas não deu mais detalhes.


Um bombardeio de mísseis do Hezbollah no dia seguinte a 7 de outubro deu início à última fase do conflito e, desde então, tem havido trocas diárias de foguetes, fogo de artilharia e mísseis, com jatos israelenses atingindo profundamente o território libanês.


O Hezbollah disse que não busca uma guerra mais ampla, mas que lutaria se Israel iniciasse uma.

O ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, disse ao secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, na segunda-feira que a janela estava se fechando para uma solução diplomática para o impasse com o movimento Hezbollah, apoiado pelo Irã, no sul do Líbano.


Ainda assim, especialistas disseram que não viram as explosões de pagers como um sinal de que uma ofensiva terrestre israelense era iminente.

Em vez disso, foi um sinal da penetração aparentemente profunda da inteligência israelense no Hezbollah.



“Isso demonstra a capacidade de Israel de se infiltrar em seus adversários de uma forma notavelmente dramática”, disse Paul Pillar, um veterano de 28 anos na comunidade de inteligência dos EUA, principalmente na CIA.

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